POESIA
Inclinado na noite
Caminho pelas areias de praias sem fim
enquanto os murmúrios da luz do farol
rompem o sossego brumoso da noite
iluminando a escuridão duma falésia sem nome.
De longe a longe o mar derrama-se pelo litoral
num cansaço parecido com a longitude dos tempos.
Entre as névoas nocturnas
lembro-me que há muito estás ausente
não sinto o teu caminhar
e dói-me a alma por te saber longe.
Quero que estejas onde não podes estar
para eu poder ter o que não posso ter.
Procuro nos confins do universo o caminho que me conduza a ti
mas hoje todas as estrelas amararam no céu.
Queria navegar pela tua vida à bolina do vento suão
para que me levasses até onde os sonhos podem chegar.
Já não sei onde estás
já não sei onde estou.
Queria que estivesses onde estou para eu poder estar onde estás.
Procuro nos roteiros da magia
E não encontro as avenidas que só o teu rosto promete
Quero partir e sei que vou ficar
Porque sem ti as flores não florescem na primavera.
Porto, Agosto de 1997. A quarta das Canções Desesperadas
Caminho pelas areias de praias sem fim
enquanto os murmúrios da luz do farol
rompem o sossego brumoso da noite
iluminando a escuridão duma falésia sem nome.
De longe a longe o mar derrama-se pelo litoral
num cansaço parecido com a longitude dos tempos.
Entre as névoas nocturnas
lembro-me que há muito estás ausente
não sinto o teu caminhar
e dói-me a alma por te saber longe.
Quero que estejas onde não podes estar
para eu poder ter o que não posso ter.
Procuro nos confins do universo o caminho que me conduza a ti
mas hoje todas as estrelas amararam no céu.
Queria navegar pela tua vida à bolina do vento suão
para que me levasses até onde os sonhos podem chegar.
Já não sei onde estás
já não sei onde estou.
Queria que estivesses onde estou para eu poder estar onde estás.
Procuro nos roteiros da magia
E não encontro as avenidas que só o teu rosto promete
Quero partir e sei que vou ficar
Porque sem ti as flores não florescem na primavera.
Porto, Agosto de 1997. A quarta das Canções Desesperadas
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