POESIA
Para que não partas
Os dias continuam a passar por mim
ignorando a angústia da tua ausência
como se não estivesse aguardando
que os deuses se revoltem
Continuas a seguir os meus passos
nos sonhos das noites eternas
ou nos dias imensos do amanhã
como se fosse verdade que vais chegar
Hoje voltaste a aparecer
na curva dum atalho duma montanha esquecida
Abracei-te com a vontade
que só acalenta os seres que amam.
Ah! como és bela
como gosto de ouvir as palavras
pronunciadas por essa tua voz rouca
perdendo-se em planícies longínquas
e regressando sempre à minha memória
fazendo-me companhia
quando a solidão desliza pelo silêncio dos crepúsculos
em busca de um gesto que nos ampare.
Estava sol quando chegaste
e não consigo afastar esta minha tristeza
Só tu, só esse teu sorriso,
que me lembra os montes de açucenas
onde guardei a minha infância,
me faz sossegar,
serenar a alma amargurada.
Por isso, hoje não me despedi de ti
vi-te partir, acreditando que ficavas.
Eu sei,
eu sei, que o sol te vem buscar todas as tardes
e te leva numa longa viagem pela noite.
eu sei
mas não quero acreditar.
Porto, Julho de 1997. A segunda das Canções Desesperadas
Os dias continuam a passar por mim
ignorando a angústia da tua ausência
como se não estivesse aguardando
que os deuses se revoltem
Continuas a seguir os meus passos
nos sonhos das noites eternas
ou nos dias imensos do amanhã
como se fosse verdade que vais chegar
Hoje voltaste a aparecer
na curva dum atalho duma montanha esquecida
Abracei-te com a vontade
que só acalenta os seres que amam.
Ah! como és bela
como gosto de ouvir as palavras
pronunciadas por essa tua voz rouca
perdendo-se em planícies longínquas
e regressando sempre à minha memória
fazendo-me companhia
quando a solidão desliza pelo silêncio dos crepúsculos
em busca de um gesto que nos ampare.
Estava sol quando chegaste
e não consigo afastar esta minha tristeza
Só tu, só esse teu sorriso,
que me lembra os montes de açucenas
onde guardei a minha infância,
me faz sossegar,
serenar a alma amargurada.
Por isso, hoje não me despedi de ti
vi-te partir, acreditando que ficavas.
Eu sei,
eu sei, que o sol te vem buscar todas as tardes
e te leva numa longa viagem pela noite.
eu sei
mas não quero acreditar.
Porto, Julho de 1997. A segunda das Canções Desesperadas
1 Comments:
Bonita!
Beijinhos
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