LEITURAS
Posso dizer que este período de férias que usufruo tem proporcionado boas leituras. Em “Trajectos”, de novo com Domingos Lopes, fui encontrar uma espécie de mundo perdido que toca a minha adolescência que chega à fase adulta. Na verdade, não são todas as gerações que podem assistir ao ruir de um velho mundo e ao nascimento de um outro, não só novo como verdadeiro, no interior de uma imensa explosão de alegria e felicidade. Também não são todas as gerações que podem viver os seus anos mais jovens crescendo com valores carregados de idealismo, de aventura, de romantismo e de muita, muita coragem. É da juventude de uma geração que hoje envelhece que o autor nos fala, pelo menos, de uma parte dela, aquela ligada às universidades, ao saber, à vida académica, à intelectualidade. Claro que existiu nostalgia ao ler as imagens que iam sendo descritas dessa vida por Coimbra e Lisboa tão semelhante à que então se vivia no Porto e daqui se observava. As férias no Minho, o Congresso de Aveiro, personagens que reflectiam incoerência, dúvidas, hesitações. Esta leitura, trouxe lembranças, recordações, e alimentou vontades de reconstituir tempos que marcaram um época e uma geração. Foi de facto, uma boa leitura.
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