Sede de Infinito

Infinito é o que se encontra para além de tudo, do conhecimento, da imaginação, do alcance da mão. Ter sede do que se encontra para lá da linha do horizonte é a imensa vontade de alcançar o que não vemos, o que não possuímos, o que não conhecemos, é por fim, uma forma de perseguir o saber e o conhecimento, se assim o desejarmos, conduzir o sonho através do tempo.

10 setembro, 2007

LEITURAS


Posso dizer que este período de férias que usufruo tem proporcionado boas leituras. Em “Trajectos”, de novo com Domingos Lopes, fui encontrar uma espécie de mundo perdido que toca a minha adolescência que chega à fase adulta. Na verdade, não são todas as gerações que podem assistir ao ruir de um velho mundo e ao nascimento de um outro, não só novo como verdadeiro, no interior de uma imensa explosão de alegria e felicidade. Também não são todas as gerações que podem viver os seus anos mais jovens crescendo com valores carregados de idealismo, de aventura, de romantismo e de muita, muita coragem. É da juventude de uma geração que hoje envelhece que o autor nos fala, pelo menos, de uma parte dela, aquela ligada às universidades, ao saber, à vida académica, à intelectualidade. Claro que existiu nostalgia ao ler as imagens que iam sendo descritas dessa vida por Coimbra e Lisboa tão semelhante à que então se vivia no Porto e daqui se observava. As férias no Minho, o Congresso de Aveiro, personagens que reflectiam incoerência, dúvidas, hesitações. Esta leitura, trouxe lembranças, recordações, e alimentou vontades de reconstituir tempos que marcaram um época e uma geração. Foi de facto, uma boa leitura.

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