LEITURAS
Num tempo de intolerância foi-me proporcionada a leitura de um livro sensível, de traço simples e leitura fácil, em que um árabe procurando contar a história do islamismo a uma criança, acaba a contar em tons breves a história do mundo árabe ao longo dos séculos, abordando a sua vertente cultural e religiosa como símbolos e sinónimo de paz e de vivência pacífica.
Na verdade, a leitura de “O Islão explicado às crianças confortam-nos com essa ideia de que do norte de África e do Oriente Médio não saem nem se exportam milhares de suicidas ou de fanáticos que elegem a morte como caminho para a liberdade. A violência neste espaço cultural deve ser procurada noutras razões e noutras causas. Se nos debruçarmos um pouco sobre o comportamento dos europeus desde a queda do império otomano até aos nossos dias com esse apetite voraz pelo petróleo e hoje também pelas jazidas de gás, indiferentes às ondas de miséria que vão deixando pelas areias do deserto. Se lermos com cuidado e atenção as palavras que ao longo dos dias Tahar Ben Jelloun vai deixando às crianças, talvez possamos ver com um olhar diferente quando nos falarem de integralismo islâmico, de suicidas ou de fatwas. Herdeiros de uma cultura ímpar, os povos árabes, merecem que os contemplemos com respeito e capazes de despir os nossos quadros mentais e tentemos compreender o que é diferente. Por mim, venho fazendo um esforço nesse sentido.
Na verdade, a leitura de “O Islão explicado às crianças confortam-nos com essa ideia de que do norte de África e do Oriente Médio não saem nem se exportam milhares de suicidas ou de fanáticos que elegem a morte como caminho para a liberdade. A violência neste espaço cultural deve ser procurada noutras razões e noutras causas. Se nos debruçarmos um pouco sobre o comportamento dos europeus desde a queda do império otomano até aos nossos dias com esse apetite voraz pelo petróleo e hoje também pelas jazidas de gás, indiferentes às ondas de miséria que vão deixando pelas areias do deserto. Se lermos com cuidado e atenção as palavras que ao longo dos dias Tahar Ben Jelloun vai deixando às crianças, talvez possamos ver com um olhar diferente quando nos falarem de integralismo islâmico, de suicidas ou de fatwas. Herdeiros de uma cultura ímpar, os povos árabes, merecem que os contemplemos com respeito e capazes de despir os nossos quadros mentais e tentemos compreender o que é diferente. Por mim, venho fazendo um esforço nesse sentido.
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