POESIA AO AMANHECER
Olá! Amigos
Este meu fim de semana foi diferente, para melhor. No Sábado fui caminhar até ao Gerês. Pequena caminhada é certo, mas o suficiente para demonstrar que a duas horas do Porto podemos encontrar uma amostra do paraíso. Montanhas floridas, lagoas, caminhos perdidos, florestas cobertas de verde, raras pessoas e um sossego e tranquilidade imensas. Só me interrogo porque não fugimos mais vezes.
Busque Amor novas artes, novo engenho.
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor, um mal, que mata e não se vê;
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.
LUÍS DE CAMÕES
" - Mas os olhos são cegos. Deve-se é procurar com o coração."
ANTOINE SAINT-EXUPÉRY, in "O Principezinho"
"Tudo isto, casas e trabalhos, é mediado pelo mercado, tradicionalmente situado nas ruas, onde trocamos, nos trocamos. E vigiado, gerido, pelo Estado, que define as fronteiras de uma casa/local de trabalho metafórico, onde até somos vistos como família, como sangue do mesmo sangue, através da língua, das leis das instituições. E da contabilidade dos corpos, da população, da demografia. Antes de sermos cidadãos, ou sequer pessoas, somos body count. Nas filas de espera, nas estatísticas, nos controlos de fronteira, nos votos, nas bases de dados."
MIGUEL VALE DE ALMEIDA, "O Manifesto do Corpo" in, " O Manifesto", Abril de 2004
Porto, 24 de Maio de 2004
Este meu fim de semana foi diferente, para melhor. No Sábado fui caminhar até ao Gerês. Pequena caminhada é certo, mas o suficiente para demonstrar que a duas horas do Porto podemos encontrar uma amostra do paraíso. Montanhas floridas, lagoas, caminhos perdidos, florestas cobertas de verde, raras pessoas e um sossego e tranquilidade imensas. Só me interrogo porque não fugimos mais vezes.
Busque Amor novas artes, novo engenho.
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor, um mal, que mata e não se vê;
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.
LUÍS DE CAMÕES
" - Mas os olhos são cegos. Deve-se é procurar com o coração."
ANTOINE SAINT-EXUPÉRY, in "O Principezinho"
"Tudo isto, casas e trabalhos, é mediado pelo mercado, tradicionalmente situado nas ruas, onde trocamos, nos trocamos. E vigiado, gerido, pelo Estado, que define as fronteiras de uma casa/local de trabalho metafórico, onde até somos vistos como família, como sangue do mesmo sangue, através da língua, das leis das instituições. E da contabilidade dos corpos, da população, da demografia. Antes de sermos cidadãos, ou sequer pessoas, somos body count. Nas filas de espera, nas estatísticas, nos controlos de fronteira, nos votos, nas bases de dados."
MIGUEL VALE DE ALMEIDA, "O Manifesto do Corpo" in, " O Manifesto", Abril de 2004
Porto, 24 de Maio de 2004
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