POESIA AO AMANHECER
Olá! Amigos
Hoje, venho mesmo só dizer olá!, pois vou a Amarante para mais um julgamento. Amanhã, conto-vos o meu fim de semana.
PIED-DE-NEZ
Lá anda a minha Dor às cambalhotas
No salão de vermelho atapetado -
Meu cetim de ternura engordurado,
Rendas da minha ânsia todas rotas...
O erro sempre a rir-me em destrambelho -
Falso mistério, mas que não se abrange...
De antigo armário que agoirento range,
Minh'alma actual o esverdinhado espelho...
Chora em mim um palhaço às piruetas;
O meu castelo em Espanha, ei-lo vendido -
E, entretanto, foram de violetas,
Deram-me beijos sem os ter pedido...
Mas como sempre, ao fim - bandeiras pretas,
Tômbolas falsas, carrousel partido...
MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO
" - Amar uma flor de que só há um exemplar em milhões e milhões de estrelas basta para uma pessoa se sentir feliz quando olha para elas. Porque pensa: «Ali está ela, lá no alto, a minha flor...» Mas se a ovelha comer a flor, para essa pessoa é como se as estrelas se apagassem todas de uma vez!"
ANTOINE SAINT-EXUPÉRY, in "O Principezinho"
"A 25 de Abril de 1974, jovens oficiais rebeldes do Movimento das Forças Armadas punham fim, quase sem efusão de sangue, à ditadura que em Portugal durava há mais de quarenta anos. Acolhida, devido à sua vocação democrática, por uma população rejubilante, esta Revolução dos Cravos assinalou a entrada de Portugal numa nova era. Permitiu igualmente abrir caminho às independências nos territórios lusófonos de África, onde lutavam os movimentos de libertação."
MIA COUTO, "Rir em Abril Dançar em Junho", in "Le Monde Diplomatique", Abril de 2004
Porto, 19 de Abril de 2004
Hoje, venho mesmo só dizer olá!, pois vou a Amarante para mais um julgamento. Amanhã, conto-vos o meu fim de semana.
PIED-DE-NEZ
Lá anda a minha Dor às cambalhotas
No salão de vermelho atapetado -
Meu cetim de ternura engordurado,
Rendas da minha ânsia todas rotas...
O erro sempre a rir-me em destrambelho -
Falso mistério, mas que não se abrange...
De antigo armário que agoirento range,
Minh'alma actual o esverdinhado espelho...
Chora em mim um palhaço às piruetas;
O meu castelo em Espanha, ei-lo vendido -
E, entretanto, foram de violetas,
Deram-me beijos sem os ter pedido...
Mas como sempre, ao fim - bandeiras pretas,
Tômbolas falsas, carrousel partido...
MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO
" - Amar uma flor de que só há um exemplar em milhões e milhões de estrelas basta para uma pessoa se sentir feliz quando olha para elas. Porque pensa: «Ali está ela, lá no alto, a minha flor...» Mas se a ovelha comer a flor, para essa pessoa é como se as estrelas se apagassem todas de uma vez!"
ANTOINE SAINT-EXUPÉRY, in "O Principezinho"
"A 25 de Abril de 1974, jovens oficiais rebeldes do Movimento das Forças Armadas punham fim, quase sem efusão de sangue, à ditadura que em Portugal durava há mais de quarenta anos. Acolhida, devido à sua vocação democrática, por uma população rejubilante, esta Revolução dos Cravos assinalou a entrada de Portugal numa nova era. Permitiu igualmente abrir caminho às independências nos territórios lusófonos de África, onde lutavam os movimentos de libertação."
MIA COUTO, "Rir em Abril Dançar em Junho", in "Le Monde Diplomatique", Abril de 2004
Porto, 19 de Abril de 2004
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