LEITURAS
O escrivão público nas sociedades tradicionais, é aquele que redige cartas, preenche formulários e requerimentos pelos que não sabem escrever, a troco de algumas moedas. No entanto, para Tahar Ben Jelloun, ele é sobretudo aquele que empresta a escrita e a voz ao seu povo, aos que não podem falar.
Livremente evocando memórias e imagens de cidades de um Marrocos às vezes real, outras imaginário, Tahar Ben Jelloun narra, neste livro, a violência da vida e a experiência da pobreza, numa sociedade dividida entre Ocidente e Oriente, entre tradição e modernidade.
Tahar Bem Jelloun é um mestre a contar histórias. A sua escrita concisa, plena de imagens poéticas e místicas, envolve o leitor no seu universo mágico.
Livremente evocando memórias e imagens de cidades de um Marrocos às vezes real, outras imaginário, Tahar Ben Jelloun narra, neste livro, a violência da vida e a experiência da pobreza, numa sociedade dividida entre Ocidente e Oriente, entre tradição e modernidade.
Tahar Bem Jelloun é um mestre a contar histórias. A sua escrita concisa, plena de imagens poéticas e místicas, envolve o leitor no seu universo mágico.
Tahar Ben Jelloun. Escritor marroquino de língua francesa e um dos nomes mais consagrados da literatura contemporânea, recebeu inúmeros prémios dos quais se destacam o IMPAC e o Goncourt. A sua obra está traduzida em todo o mundo.
Ben Jelloun nasceu em Fez em 1944 e actualmente vive em Paris.
Após terminar estudos universitários em filosofia, parte para França em 1971 e, na Universidade de Paris, recebe o doutoramento em Psiquiatria Social.
Apesar da origem árabe, Ben Jelloun optou espontaneamente por escrever em francês. O seu bilinguismo é parte integrante da sua vida, assim como tema presente na sua obra. No seu universo literário é recorrente a criação de cenários e enredos plenos de contradição entre tradição e modernidade, entre o mundo árabe e o mundo ocidental.
Toda a sua obra está povoada de personagens marginais, à procura da sua identidade social e sexual, o que reflecte o seu interesse pela sexualidade e suas disfunções.
Da sua extensa obra, que inclui romances, poesia, peças de teatro e ensaios, destacam-se: L’enfant de sable, La nuit sacrée, Les yeux baisées ou Le racisme explique à ma fille.
Ben Jelloun nasceu em Fez em 1944 e actualmente vive em Paris.
Após terminar estudos universitários em filosofia, parte para França em 1971 e, na Universidade de Paris, recebe o doutoramento em Psiquiatria Social.
Apesar da origem árabe, Ben Jelloun optou espontaneamente por escrever em francês. O seu bilinguismo é parte integrante da sua vida, assim como tema presente na sua obra. No seu universo literário é recorrente a criação de cenários e enredos plenos de contradição entre tradição e modernidade, entre o mundo árabe e o mundo ocidental.
Toda a sua obra está povoada de personagens marginais, à procura da sua identidade social e sexual, o que reflecte o seu interesse pela sexualidade e suas disfunções.
Da sua extensa obra, que inclui romances, poesia, peças de teatro e ensaios, destacam-se: L’enfant de sable, La nuit sacrée, Les yeux baisées ou Le racisme explique à ma fille.
Estou em crer que muitos de nós quase sempre guardamos dos árabes, uma ideia de grande distância, de grande atraso, de enorme rudeza associada a níveis de violência que diríamos incontroláveis, vivendo em lugares inóspitos, desertos sem horizonte, no interior de uma escassez eterna, cidades sujas, vivência indisciplinada e círculos sociais muito fechados. Talvez os oásis sejam o único elemento olhado com algum prazer. Certamente uma parte desta visão dita ocidental e civilizada corresponderá a padrões e quadro mental da sociedade árabe, em termos gerais. Por mim, preferi sempre olhá-los e compreendê-los através da grandeza do passado, desse tempo medieval em que impulsionaram a Europa para níveis culturais muito elevados. Tahar Ben Jelloun vem mostrar-nos neste livro que muitas das ideias que possuímos podem apenas corresponder ao visível e surpreende-nos quando fala dos jovens, do amor, das mulheres, dos sonhos e da sociedade árabe, neste caso, marroquina. Todo o livro foi lido com esse conforto que resulta do pressentimento do belo transportado nas palavras e sentimo-nos como passageiro dessas viagens que nos conduzem através da fantasia e do encanto até ao território onde moram os desejos que saem da imaginação que criamos quando procuramos o impossível. Ler O Escrivão Público é também um momento de ternura.
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