LEITURAS
O sultão depois de ter ouvido, durante quase três anos, as histórias de Xeradaze, decide casar-se com ela. Todos crêem que, graças à sua habilidade como contadora de histórias, Xeradaze salvou a vida e semeou o amor e a piedade no coração do sultão, pelo que, daí por diante, a paz e a harmonia reinarão no país.
Contudo, a mudança foi apenas superficial e o sultão, afinal, continuo a desconhecer a compaixão, o amor e a justiça, mantendo-se um homem poderoso, mas sem consciência. Como elevar a sua alma e ressuscitar-lhe a consciência? Só através de uma série de acontecimentos dilacerantes que lhe ensinarão o verdadeiro sentido do poder…
Em As noites das Mil e Uma Noites, toda a narração é uma alegoria rica de magia, de pormenores, do fantástico mundo árabe antigo e contemporâneo, com todos os seus conflitos políticos e religiosos.
Nas próprias palavras do grande autor egípcio, As Noites das Mil e Uma Noites «é do mais importante que escrevi em toda a minha vida; nele se misturam a tradição com a modernidade, a realidade com a lenda».
do Livro
Naguib Mahfouz
Nasceu no Egipto, em 1911, no bairro cairota de Gamalyya. O mais novo de sete irmãos, estudou na King Faud I University (hoje Universidade do Cairo). Quando ainda no liceu, adquiriu profundos conhecimentos da literatura árabe medieval. Visando aprofundar os seus conhecimentos de língua inglesa, traduziu para árabe a obra de James Baikie, Ancient Egipt, em 1932. Após a graduação, escreveu mais de 80 short stories nos seis anos seguintes. A sua colecção A Whisper of Madness apareceu em 1938. Entre 1939 e 1954, publicou 3 volumes de uma série de 40 novelas históricas passadas no período faraónico. Abandonou então este projecto e dedicou-se aos livros de ficção e guiões cinematográficos.
Considerado pela crítica como um dos melhores escritores árabes de sempre, em 1988, depois de ter sido distinguido com o Prémio Nobel da Literatura, tornou-se um dos autores mais admirados pelos leitores ocidentais.
É de facto um livro admirável, pela linguagem, pelo encanto, por essa forma de adorar a Deus tão particular dos árabes, com a sua dedicação, a sua obediência e a préstimo à oração. É uma viagem ao mundo do sonho carregado de preceitos morais e da luta entre o bem e o mal, mostrando-nos essa tentação pelo mal que alcança os homens do poder, mas que não deixa de atingir os pobres, tão famintos estão que se abandonam a essa tentação do mal. É uma leitura deliciosa do início ao fim.
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