POESIA AO AMANHECER
Bom dia, Amigos
Ultimamente não há estórias para contar, contos para dizer. Aparentemente a Primavera chegou e entramos em velocidade de cruzeiro com tudo estabilizado e já não aparece ninguém capaz de pegar na lua e corta-la às fatias para a servir como sobremesa. Alguém dizia que veio o vento e levou a chuva, depois veio a chuva e levou o vento e agora temos este sol lindo de ver e viver. As manhãs estão frias, mas só a luminosidade já nos aquece. Para a semana, lá vai tudo recuar um pouco e começarmos o dia ainda com a noite a visitar-nos. Depois, tudo voltará a ser como hoje e o amanhecer ainda nos há-de surpreender deitados.
CANTO MOÇO
Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nós vamos
à procura de quem nos traga
Verde oliva de flor no ramo
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praias do mar nós vamos
à procura da manhã clara
Lá do cimo duma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá no cimo duma montanha
Onde o vento cortou amarras
Largaremos pela noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca
JOSÉ AFONSO, in "O Nosso Amargo Cancioneiro"
"Tal cosmologia, apropriadamente chamada teoria do «big bang», sugere que a expansão é, de facto, a consequência de uma verdadeira explosão que teve lugar há muito tempo."
ROBERT JASTROW, in "A Arquitectuira do Universo"
"A «operação libertação» aumenta exponencialmente a crise da política, enquanto exercício do poder desvinculado da vontade popular. Mas é este mesmo desrespeito que está a provocar o renascimento de uma «outra» política, a que se apropria dos espaços públicos e reclama o fim da agressão."
JOSÉ MANUEL PUREZA e MIGUEL PORTAS, in "Manifesto", Abril de 2003
Porto, 25 de Março de 2004
Ultimamente não há estórias para contar, contos para dizer. Aparentemente a Primavera chegou e entramos em velocidade de cruzeiro com tudo estabilizado e já não aparece ninguém capaz de pegar na lua e corta-la às fatias para a servir como sobremesa. Alguém dizia que veio o vento e levou a chuva, depois veio a chuva e levou o vento e agora temos este sol lindo de ver e viver. As manhãs estão frias, mas só a luminosidade já nos aquece. Para a semana, lá vai tudo recuar um pouco e começarmos o dia ainda com a noite a visitar-nos. Depois, tudo voltará a ser como hoje e o amanhecer ainda nos há-de surpreender deitados.
CANTO MOÇO
Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nós vamos
à procura de quem nos traga
Verde oliva de flor no ramo
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praias do mar nós vamos
à procura da manhã clara
Lá do cimo duma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá no cimo duma montanha
Onde o vento cortou amarras
Largaremos pela noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca
JOSÉ AFONSO, in "O Nosso Amargo Cancioneiro"
"Tal cosmologia, apropriadamente chamada teoria do «big bang», sugere que a expansão é, de facto, a consequência de uma verdadeira explosão que teve lugar há muito tempo."
ROBERT JASTROW, in "A Arquitectuira do Universo"
"A «operação libertação» aumenta exponencialmente a crise da política, enquanto exercício do poder desvinculado da vontade popular. Mas é este mesmo desrespeito que está a provocar o renascimento de uma «outra» política, a que se apropria dos espaços públicos e reclama o fim da agressão."
JOSÉ MANUEL PUREZA e MIGUEL PORTAS, in "Manifesto", Abril de 2003
Porto, 25 de Março de 2004
1 Comments:
Gosto dessa música!
Beijinhos
Enviar um comentário
<< Home