Sede de Infinito

Infinito é o que se encontra para além de tudo, do conhecimento, da imaginação, do alcance da mão. Ter sede do que se encontra para lá da linha do horizonte é a imensa vontade de alcançar o que não vemos, o que não possuímos, o que não conhecemos, é por fim, uma forma de perseguir o saber e o conhecimento, se assim o desejarmos, conduzir o sonho através do tempo.

10 janeiro, 2007

POESIA AO AMANHECER


Olá!, Bom dia meus Amigos

É verdade, nem sei por onde começar. Ontem saí cedo e ia morrendo de frio, um imenso e gelado frio que nos arrefece a consciência e paralisa a vontade. Mas à saída fui atingido por um míssil, não daqueles assassinos, mas por um positivo, dos que nos põem a pensar, a reflectir e a escolher caminhos. Sempre disse que os amigos, são o melhor que temos. É difícil encontrá-los e devemos fazer tudo para não os perder. O inverno foi duro e esta paralisia da vontade agravou o meu pessimismo de sempre, mas sabem que para além dos meus protestos se esconde um fundo positivo, optimista até e que nunca deixo de olhar para a frente à procura do caminho que nos há-de levar à esperança e empurrar para tempos melhores. Pois, vivemos os tais 5 minutos de amargura anuais com essa coisa das remunerações variáveis, das classificações, enfim, todo um mundo onde uma certa mediocridade que nos rodeia tem oportunidade de se babar anualmente, mas passados esses 5 minutos, temos de continuar em frente, a vida está à nossa espera, o verão está aí não tarda nada e podemos voltar a sonhar. Não liguem pois apesar do meu pessimismo, continuo a acreditar e o sonho permanece como um arco íris sobrevoando um dia de chuva.

DE TARDE

Naquele piquenique de burguesas
Houve uma coisa simplesmente bela
E que, sem ter histórias nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampamos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro, a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!

CESÁRIO VERDE

"Após haver consumido, no fim da sua vida, toda a sua energia nuclear, a estrela abate-se sobre o próprio peso. Quando se trata de uma estrela de pequena envergadura, esse declínio continua a processar-se até que toda a sua massa fica reduzida ao tamanho da Terra. Estas estrelas extremamente comprimidas, denominadas anãs brancas, têm uma densidade de dez toneladas por polegada cúbica (16,39 cm3). A anã branca irradia lentamente o resto do seu calor para o Espaço e acaba por mergulhar na escuridão.
Uma estrela de grande envergadura tem um destino diferente. A sua destruição final constitui uma catástrofe durante a qual se produzem temperaturas de vários milhões de graus e se consomem os últimos resíduos de carburante espalhados pela estrela, libertando um tal surto de energia que faz desagregar a estrela. A esta estrela que sofre uma autêntica explosão dá-se o nome de supernova."

ROBERT JASTROW, in "A Arquitectura do Universo"

"O século XII vê aparecer um grupo de poetas que criará uma em língua romance que supõe o nascimento da lírica moderna europeia. A sátira política e o amor, este tratado de uma forma explicitamente erótica, serão alguns dos seus temas mais destacados."

GEMA VALLÍN, in "El Mundo Medieval", nº 17
Porto, 23 de Março de 2004

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