POESIA AO AMANHECER
Bom dia, Amigos
Estamos ainda nesse tempo da chuva e do frio que regressaram, fazendo-nos lembrar que o Inverno ainda tem mais um mês de vida. Hoje estamos menos e sem dúvida que se vai sentir o silêncio das ausências, dessa quebra da rotina que de alguma forma nos perturba.
No Sábado fui de viagem, às minhas amadas montanhas. Foram horas inesquecíveis. Subir o Marão às oito da manhã com um sol deslumbrante e três graus negativos. A paisagem era de fazer extasiar o olhar. É certo que faltava aquele tom cromático da Primavera, mas mesmo assim, era belo, muito belo e fazia-nos pensar que gostamos bastante de viver neste espaço da Terra e, que pese embora, tantas malfeitorias, vale a pena dias de cansaço, só para de quando em vez podermos abraçar toda aquela beleza.
POEMA DAS COISAS BELAS
As coisas belas,
as que deixam cicatrizes na memória dos homens,
por que motivo serão belas?
E belas, para quê?
Põe-se o Sol porque o seu movimento é relativo.
Derrama cores porque os meus olhos vêem.
Mas por que será belo o pôr do Sol?
E belo, para quê?
Se acaso as coisas não são coisas em si mesmas,
mas só são coisas quando coisas percebidas,
por que direi das coisas que são belas?
E belas, para quê?
Se acaso as coisas foram coisas em si mesmas
sem precisarem de ser coisas percebidas,
para quem serão belas essas coisas?
E belas, para quê?
ANTÓNIO GEDEÃO
"Os grupos de galáxias constituem os mais vastos sistemas de matéria organizada que conhecemos, ocupando o topo da estrutura hierárquica do universo."
ROBERT JASTROW, in "A Arquitectura do Universo"
"Há dois ou três anos era absolutamente dado como seguro que o mercado podia resolver todos os problemas do Mundo e aqueles que não resolvia podiam ser compensados por medidas pontuais, por exemplo, no domínio da saúde e da segurança social. Hoje este discurso acabou."
BOAVENTURA SOUSA SANTOS, in "Manifesto", Novembro de 2002
Porto, 23 de Fevereiro de 2003
Estamos ainda nesse tempo da chuva e do frio que regressaram, fazendo-nos lembrar que o Inverno ainda tem mais um mês de vida. Hoje estamos menos e sem dúvida que se vai sentir o silêncio das ausências, dessa quebra da rotina que de alguma forma nos perturba.
No Sábado fui de viagem, às minhas amadas montanhas. Foram horas inesquecíveis. Subir o Marão às oito da manhã com um sol deslumbrante e três graus negativos. A paisagem era de fazer extasiar o olhar. É certo que faltava aquele tom cromático da Primavera, mas mesmo assim, era belo, muito belo e fazia-nos pensar que gostamos bastante de viver neste espaço da Terra e, que pese embora, tantas malfeitorias, vale a pena dias de cansaço, só para de quando em vez podermos abraçar toda aquela beleza.
POEMA DAS COISAS BELAS
As coisas belas,
as que deixam cicatrizes na memória dos homens,
por que motivo serão belas?
E belas, para quê?
Põe-se o Sol porque o seu movimento é relativo.
Derrama cores porque os meus olhos vêem.
Mas por que será belo o pôr do Sol?
E belo, para quê?
Se acaso as coisas não são coisas em si mesmas,
mas só são coisas quando coisas percebidas,
por que direi das coisas que são belas?
E belas, para quê?
Se acaso as coisas foram coisas em si mesmas
sem precisarem de ser coisas percebidas,
para quem serão belas essas coisas?
E belas, para quê?
ANTÓNIO GEDEÃO
"Os grupos de galáxias constituem os mais vastos sistemas de matéria organizada que conhecemos, ocupando o topo da estrutura hierárquica do universo."
ROBERT JASTROW, in "A Arquitectura do Universo"
"Há dois ou três anos era absolutamente dado como seguro que o mercado podia resolver todos os problemas do Mundo e aqueles que não resolvia podiam ser compensados por medidas pontuais, por exemplo, no domínio da saúde e da segurança social. Hoje este discurso acabou."
BOAVENTURA SOUSA SANTOS, in "Manifesto", Novembro de 2002
Porto, 23 de Fevereiro de 2003
1 Comments:
O Marão e o Inverno... chega às vezes a ser medonho... mas belo também! É esse o caminho que me leva a casa!
Beijinhos
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