POESIA AO AMANHECER
Bom dia, meus Amigos
Aqui estamos de volta a este espaço, a este tempo de trabalho, num dia de frio como só há no Norte, esse Norte de montanhas, de aldeias encerradas no silêncio de vales escondidos, onde a cultura mental avança a ritmos lentos e se conservam as tradições e valores ancestrais no aconchego das lareiras e no Verão se saúda o sol numa explosão de alegria, traduzida em festas e romarias.
No Sábado viajei um pouco por esse Portugal, debaixo de 3º de temperatura, mas ainda vim a tempo do almoço de despedida ao Júlio Soares. É verdade, a vida é feita de pequenos nadas que só engrandecem os Homens e como estes são generosos nas palavras. Bem haja, aqueles que sabem cativar uma palavra amiga no momento de deixar o nosso convívio de todos os dias.
A SAUDADE...
Não pedi tanto, Senhor!
Ao ver-me só, sem alento,
sem amparo no tormento,
sem coração, sem amor,
que vos pedi, Deus do céu?
- agonias não sentidas,
uma vida como a vida,
que infeliz algum viveu;
pedi desprezo e desdém,
ciúmes, fúrias, insídias,
infâmias, torpes perfídias,
tanto quanto o inferno tem!
Tudo pedi, na aflição
da medonha soledade,
tudo pedi, mas saudade,
ai! a saudade é que não!
CAMILO CASTELO BRANCO
"A demonstração da sua pequenez é simples - é necessária uma corrente eléctrica equivalente ao fluxo de um milhão de biliões de electrões por segundo, para acender uma lâmpada de 10 «watts»." (estávamos a falar do electrão, lembram-se?)
ROBERT JASTROW, in "A Arquitectura do Universo"
"La Lengua de las mariposas podia ser um filme simples sobre o relato da passagem à idade adulta de Moncho, uma criança da Galiza dos anos 30. Mas não. O resultado obtido pelo realizador José Luís Cuerda é um retracto forte dos últimos momentos da II República espanhola."
MANUELA GARCIA, "As Luzes da Ribalta", in "História", Fevereiro de 2004.
Porto, 16 de Fevereiro de 2004
Aqui estamos de volta a este espaço, a este tempo de trabalho, num dia de frio como só há no Norte, esse Norte de montanhas, de aldeias encerradas no silêncio de vales escondidos, onde a cultura mental avança a ritmos lentos e se conservam as tradições e valores ancestrais no aconchego das lareiras e no Verão se saúda o sol numa explosão de alegria, traduzida em festas e romarias.
No Sábado viajei um pouco por esse Portugal, debaixo de 3º de temperatura, mas ainda vim a tempo do almoço de despedida ao Júlio Soares. É verdade, a vida é feita de pequenos nadas que só engrandecem os Homens e como estes são generosos nas palavras. Bem haja, aqueles que sabem cativar uma palavra amiga no momento de deixar o nosso convívio de todos os dias.
A SAUDADE...
Não pedi tanto, Senhor!
Ao ver-me só, sem alento,
sem amparo no tormento,
sem coração, sem amor,
que vos pedi, Deus do céu?
- agonias não sentidas,
uma vida como a vida,
que infeliz algum viveu;
pedi desprezo e desdém,
ciúmes, fúrias, insídias,
infâmias, torpes perfídias,
tanto quanto o inferno tem!
Tudo pedi, na aflição
da medonha soledade,
tudo pedi, mas saudade,
ai! a saudade é que não!
CAMILO CASTELO BRANCO
"A demonstração da sua pequenez é simples - é necessária uma corrente eléctrica equivalente ao fluxo de um milhão de biliões de electrões por segundo, para acender uma lâmpada de 10 «watts»." (estávamos a falar do electrão, lembram-se?)
ROBERT JASTROW, in "A Arquitectura do Universo"
"La Lengua de las mariposas podia ser um filme simples sobre o relato da passagem à idade adulta de Moncho, uma criança da Galiza dos anos 30. Mas não. O resultado obtido pelo realizador José Luís Cuerda é um retracto forte dos últimos momentos da II República espanhola."
MANUELA GARCIA, "As Luzes da Ribalta", in "História", Fevereiro de 2004.
Porto, 16 de Fevereiro de 2004
1 Comments:
Saudade...
é dormir sem saber onde
chorar sem saber porquê
falar com quem não responde
abraçar quem não nos vê.
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