Sede de Infinito

Infinito é o que se encontra para além de tudo, do conhecimento, da imaginação, do alcance da mão. Ter sede do que se encontra para lá da linha do horizonte é a imensa vontade de alcançar o que não vemos, o que não possuímos, o que não conhecemos, é por fim, uma forma de perseguir o saber e o conhecimento, se assim o desejarmos, conduzir o sonho através do tempo.

11 maio, 2010

LEITURAS


“Um grupo de ocidentais conhece-se nos Andes para fazer um percurso de cinco dias até à lendária cidadela de Machu Pichu. Em comum: todos parecem ter perdido a capacidade de sonhar. Mas um deles vai animado por um último sonho, um sonho que parece contagiar o grupo: encontrar a mítica cidade perdida dos Incas. A cidade que existirá no interior duma montanha e onde poderá estar o objecto mais sagrado daquela civilização: o grande disco solar em ouro maciço. Cinco séculos antes, esse mesmo percurso havia sido feito pelo chasky (mensageiro) Aticoc com uma missão ultra-secreta. Estarão prestes a descobrir o disco em ouro que Pizarro, o conquistador do Império Inca, em vão procurou? Ou irão confrontar-se com as contradições da sua própria civilização e perceber que o segredo do grande disco é bastante mais profundo e metafórico do que aquilo que imaginavam? Mais do que uma história de aventuras estamos perante um romance filosófico que nos faz reflectir sobre o nosso percurso civilizacional.”

«Um dia perguntaram-lhe quem seria ele na tripulação dum barco. Respondeu que o barco seria um veleiro e que ele seria o vento. E é com a mesma energia do vento que tem abraçado os projectos por onde tem passado. “Não me orienta a vontade de liderar. Motiva-me sonhar. Sonhar é o vento da concretização. É a força que faz mover o mundo.” Cidadão do Mundo nascido em Braga no ano de 1966 é o mais velho de uma família de cinco irmãos. Até ao momento escreveu três obras de ficção: Quando o Sol se põe em Machu Pichu, Amanhã o Futuro e os Parricidas (as duas últimas a publicar brevemente). Neste momento está a trabalhar num quarto livro.
LUÍS NOVAIS vive entre Braga, Lisboa e o resto do mundo. “Vivo algures num ponto indeterminado. Um ponto que fica entre a realidade e o sonho. Sonho que é sonho da própria realidade ou que é realidade sonhada.”»

Este livro conduz-nos pelos caminhos do sonho, nas personagens que constrói, no mundo que visita, na descrição que faz da vida, das coisas, da natureza e dessa civilização, para mim, tão extraordinária que foi a dos andinos incas. Ainda hoje, a cordilheira é um fascínio, um desafio, uma aventura e um deslumbramento para todos os que desejem soltar esse sonho de perseguir o impossível, esse idílio de pensar que podemos chegar a um mundo onde os seres humanos podem amar. Machu Pichu é um lugar, já foi uma cidade com todas as misérias e grandezas que conhecemos dos agrupamentos urbanos, mas no seu tempo, testemunhou a capacidade humana de construir nas mais difíceis condições da natureza. Pizarro, esse castelhano salteador, tudo arrasou nessa cobiça desmedida do enriquecimento. Hoje, em nome de uma certa história tenta-se denegrir os conquistados e limpar os genocidas, desmentindo e adulterando o relato dos que viveram a realidade, mas nem isso engrandece os assassinos, nem diminui os conquistados. É um bom livro para ler e reflectir em algumas mensagens que nos são deixadas na berma do caminho percorrido.

1 Comments:

Blogger Luis Novais said...

Caro "Galileu",

Navegando pela rede descobri este seu comentário a "Quando o Sol se Põe em Machu Pichu".
Fiquei contente por lhe ter tocado. Já agora convido-o a entrar no meu clube de leitores em www.clubedeleitores.novais.eu.

Um abraço e boas leituras

Luís Novais

6:20 da tarde  

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